Após uma prova acirrada envolvendo agilidade, água e um quebra-cabeça complexo, Tiemi Hiratsuka se tornou a 14ª eliminada do No Limite 6 (Globo). No episódio desta quinta-feira (16), a farmacêutica perdeu a chance de conquistar o prêmio de R$ 500 mil por vontade própria, sacrificando-se para permitir que o colega de tribo, Janaron Uhãy, permanecesse na competição.
"Todo o conhecimento que tive aqui dentro do programa vou levar para a minha vida lá fora. Só ganhei, não perdi em nenhum momento, nem hoje eu estou perdendo. Estou ganhando muito com isso", afirmou Tiemi após a eliminação.
O fim da linha da farmacêutica começou após a saída de Rodrigo Moraes, que deixou para trás apenas um homem na Tribo Sol: o próprio Janaron Uhãy. "Se a gente não tivesse se unido, a gente não estaria aqui", avaliou Andréa Nascimento, observando que as mulheres da outra tribo foram todas eliminadas. "Eu estou em paz", afirmou Ninha Santiago.
"O discurso nunca foi 'vamos eliminar as mulheres' na Tribo Lua", opinou Charles Gama na equipe adversária. Lucas Santana, por sua vez, afirmou que se sentiu apunhalado pelas costas ao se ver enviado para a Lua com facilidade, como se a equipe Sol não fizesse questão de tê-lo.
Enquanto isso, Pedro Castro levantou o ponto de que Clécio Barbosa ainda seria uma incógnita. Em resposta, o engenheiro civil admitiu que se sente como um alvo. "Sou como o elo mais fraco", definiu.
E, em ambas as tribos, o perrengue piorou quando, durante a noite, a chuva chegou no modo tempestade, com muitos trovões, raios e relâmpagos. Barbosa chegou a lembrar da própria mãe: "Queria um cobertor e um colo de mãe". Gama destacou que precisou dormir no molhado, porque não havia coberta para todos: "Uma das piores noites no programa".
Victor Hugo, nesse meio tempo, teve um gatilho acionado ao perceber uma ferida na boca, e lembrou imediatamente quando sofreu bullying na infância por causa disso. Castro o consolou, afirmando que o redator publicitário teria facilmente queimado a região com o café. "Tenho medo que fiquem com nojo", argumentou Victor. "Não tenho nojo nenhum", respondeu o zootecnista.
Prova do Privilégio
Valendo mantimentos, uma cadeira, toalha de secagem rápida, desodorante e até saco de dormir, as tribos precisaram desembaraçar cordas, escalá-las e puxar um caixote com a ajuda de uma chave. Por fim, era necessário libertar uma escada e hastear bandeiras do patrocinador.
A Tribo Lua saiu na frente, com vantagem gerada por Clécio, enquanto Tiemi Hiratsuka ficou um pouco para trás. Andréa recuperou a vantagem sobre Castro e, por fim, a Tribo Sol venceu. O zootecnista ficou inconformado com o resultado, em especial, porque ele foi quem se enrolou na hora de enroscar quatro varas.
Após a prova, Pedro se sentiu culpado por não ter conseguido montar o quebra-cabeça. "Mas podem ter certeza que no próximo quebra-cabeça, seja ele o mais difícil que for, eu vou estar pronto", acrescentou. Os demais companheiros de time deram apoio ao zootecnista.
Enquanto isso, Lucas avaliava as mulheres da Tribo Sol, afirmando que adora todas, mas o carinho tem um limite. "Não são mais minhas parceiras no jogo. Elas querem chegar à final, mas eu também quero chegar à final."
Para Ninha, Barbosa seria um bom ponto de apoio masculino, ainda que o engenheiro civil esteja agora na tribo adversária. A fotógrafa submarina não considerou, no entanto, que ele e Santana eram os antigos alvos delas.
Após mais uma noite de chuva, Victor Hugo e Ipojucan Ícaro pareceram se estressar. "Essa coisa de irmão mais velho, me irrita muito. Me subestima", reforçou o redator publicitário, lembrando que, durante uma conversa com Ícaro sobre o circo, chegou a contar que gostava da linha de terror das atrações, o que gerou choque em Ipojucam. "Me irritou", disse Victor, lembrando da prova da comida, quando se sentiu mais uma vez subestimado.
Prova da Imunidade
A competição começou com dois participantes se jogando na água para tentar encontrar chaves embaixo d'água. Depois, em uma série de obstáculos, os times tinham que pular plataformas na água. Contra a correnteza, a Tribo Sol saiu na frente, mas logo foi alcançada pela Tribo Lua.
O quebra-cabeça final, em formato de tartaruga, ficou por conta de Pedro Castro e Lucas Santana na equipe azul, enquanto Ninha e Andréa lutavam na equipe amarela. Por fim, a Tribo Lua venceu a prova depois de mais de 50 minutos montando o enigma.
Após o resultado, Tiemi admitiu não ter entendido nada do que foi dito por Fernando Fernandes, porque o resultado a deixou extremamente triste. Janaron, sabendo que seria alvo das quatro mulheres restantes, abraçou as amigas e afirmou, em uma língua indígena, a seguinte frase: "Vamos, mulheres guerreiras".
Tiemi, ainda assim, parecia inconsolável, ao ponto de tentar levantar o próprio nome para o portal só para preservar Janaron. Flávia reverteu o pensamento da amiga, explicando que elas estão juntas desde o início, por mais que gostassem do tatuador.
Enquanto isso, Victor celebrava ao máximo junto dos demais companheiros da Tribo Lua: "Mãe, estou no top dez". Lucas, nesse meio tempo, ajudou a massagear as costas de Pedro, celebrando que, enfim, o zootecnista estaria notando sua presença: "Já me declarei várias vezes", brincou.
Portal de Eliminação
Antes mesmo do portal, Tiemi afirmou para a própria tribo que gostaria de ser eliminada no lugar de Janaron, porque não achava justo que o tatuador deixasse a competição. "Quando mais longe eu for no jogo, vou estar levando o nome indígena que foi esquecido", afirmou Uhãy.
Por fim, Tiemi recebeu quatro votos, sendo o único discrepante o dela própria, que votou em Andréa. "É muito difícil deixar essa tribo. Só tenho a agradecer, porque vocês me ensinaram e me ensinam muito todos os dias. Jana [Janaron] chegou há uma semana e já aprendi com ele coisas que na vida inteira eu nunca tinha visto, nunca tinha aprendido. Então, sou muito grata a você também", afirmou.
"Onde eu estiver lá fora vou estar torcendo para cada um de vocês, porque eu sei que cada um aqui vai representar muito e estou torcendo muito, muita força", afirmou. E acrescentou: "Obrigada, mulheres. Obrigada, Jana", na língua indígena de Janaron.
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