Foi no dia 25 de janeiro, uma quinta-feira, quarto dia do “BBB18”. Coube a Tiago Leifert anunciar e explicar a novidade.
“Amanhã tem a Prova do Veto, que é uma das novidades desta temporada. O veto vai poder anular uma das decisões de domingo, ou a do líder ou a da casa. Pode soar pra vocês como um anjo. ‘O anjo vai proteger alguém.’ Não! Porque o veto transforma o paredão triplo, que é mais dissolvido, num paredão duplo. É bastante poder, principalmente quando o jogo for andando”.
No dia seguinte (26 de janeiro), uma sexta-feira, Paula venceu a prova – uma disputa de torta na cara. E no domingo, 28, após Jessica receber sete votos e ir para o paredão, Paula a livrou da disputa, limitando o paredão a um confronto entre Ana Paula e Mara.
Isso tudo aconteceu há dois meses. Por que a Globo se “esqueceu” deste recurso interessante? Os oito paredões seguintes, incluindo este que terá o seu resultado anunciado nesta terça-feira (27), foram triplos. Nunca mais houve Prova do Veto.
Suspeito que a razão seja uma só. A Globo quis evitar o risco de dois candidatos populares, queridos pelo público, se enfrentarem num paredão duplo. Num “BBB” com tantas plantas quanto esta edição, era um risco real, que poderia comprometer o programa.
Com paredões triplos, a emissora “controla” melhor a situação. É muito mais difícil três participantes queridos pelo público serem indicados para uma mesma disputa nesta fase inicial do jogo. Isso só ocorreu uma vez até agora, no sexto paredão, entre Mahmoud (eliminado), Gleici e Paula.
Nos sete paredões triplos, até agora, apenas em dois houve disputa real. No quinto, Lucas saiu com 49,92% dos votos, contra 40,68% de Diego e 9,40% de Caruso. E no sexto, Mahmoud foi eliminado com 57,23%, contra 39,28% de Paula e 3,49% de Gleici. Em outros quatro paredões, os eliminados (Ana Paula,Nayara, Patrícia e Diego) saíram com mais de 80% dos votos.
Imagino que, em breve, quando o “BBB18” entrar na fase de aceleração, rumo ao final, o recurso da Prova do Veto volte a ser usado. Mas, então, já não haverá muito o que perder.
Mauricio Stycer - Colunista UOL
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