Sorriso largo, carismático. É daqueles que ganham simpatia num instante. Falastrão e marrento, também é do tipo que recebe narizes torcidos por aí. Hadson, de 38 anos, participante do BBB20, está no grupo da Pipoca e é um craque em contrastes. Hoje mora na casa da mãe, repleta de pôsteres dos filhos. Hadson, assim como o irmão, Harison, foi jogador de futebol profissional, rodou o mundo e agora vai em busca do prêmio com a mesma competitividade dos tempos de atleta.
“Sou muito perseverante. Ainda mais quando as pessoas falam ‘para com isso, não vai dar certo’. Aí mesmo que eu vou pra dentro. Vou entrar para ganhar. Se tiver que passar por cima, eu passo. É o grandão sem medo!”
A confiança de Hadson vem do período em que jogou futebol e também pelo senso de presença que ele garante ter. “Eu sou um cara assim: onde eu chego, eu sou luz. Consigo me dar bem com todo mundo. E é difícil falar de mim. Às vezes, alguém fala por não me conhecer, mas, quando passa a me conhecer, desfaz esse pensamento”.
Brincalhão e mulherengo, pretende usar essa presença para não passar pelo que ele acredita que pode ser seu maior problema dentro da casa: abstinência sexual. Solteiro, ele não pensa em encontrar um amor no reality:
“Arrumar namoradinha, isso não existe”.
O corpo cheio de músculos e repleto de tatuagens e o jeito de falar expansivo desenham uma personalidade que não combina muito com o homem religioso, chorão e carinhoso, que fala nos filhos sem parar. ”Ele é muito família, faz o que for preciso pela família”, suspira a mãe, Paula Nery, mesmo antes de ser perguntada sobre o assunto.
As próprias tatuagens mostram esse lado de Hadson. Nomes dos filhos, Lohan e Oliver, de 14 e 10 anos, e menções a eles estão espalhadas pelo corpo. No braço direito, o rosto do pai, já falecido. “Vai comigo para a casa, velho”, comemorou, assim que soube que foi escolhido para o BBB20.
O pai, aliás, é o grande herói do ex-jogador. Foi com ele que, aos 14 anos, saiu de Belém com pouco mais do que a roupa do corpo rumo à São Paulo, onde enfrentou uma apinhada seleção de novos jogadores no Corinthians. Foi aprovado, mesmo sendo o mais novo de todos, e passou toda a adolescência no clube paulista, até se tornar profissional. Jogou com vários nomes conhecidos, como Marcelinho Carioca, Rincon e Kleber e é amigo de alguns até hoje.
“Quando esses caras virem que estou no BBB, vão falar: ‘esse é louco mesmo’”, diverte-se.
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Se o pai foi o responsável pela realização do primeiro sonho de Hadson, desta vez, com os papéis invertidos, foi um dos filhos que possibilitou o que ele chama de “a chance para recomeçar”. Oliver, o filho mais novo, que Hadson garante que é sua cópia em todos os sentidos, foi quem pediu para o pai se inscrever. “Eu sou um ídolo pra ele, então eu me inscrevi”.
Separado da mãe das crianças, com quem foi casado por 15 anos, o ex-jogador hoje vive com bem menos conforto do que teve no auge da carreira. “Caí em várias armadilhas da vida. Investi em negócios que não deram certo, tive más companhias, e na separação, como eu fui o infiel da história, deixei tudo para minha ex-mulher”, relata. Mas completa com orgulho:
“Hoje o que eu tenho de valor é minha família”.
Com o contraste habitual, pensando na família ao mesmo tempo em que pensa nas festas, diversão e mulheres, é que Hadson entra no BBB20. Aposta no carisma e não quer saber de rótulos. Ou melhor, está disposto a abraçar todos. Acredita que dá para ser mocinho e vilão.
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