A 21ª edição do Big Brother Brasil, apelidada carinhosamente de BBB21, acabou há mais de dois meses. No entanto, muita gente segue sendo "torcida" dos ex-participantes, como se ainda houvesse uma competição em curso.
A temporada mais recente do reality cimentou um renascimento do formato, que já havia se mostrado bem-sucedido em 2020, mas alcançou novas alturas em 2021. Em audiência e engajamento nas redes sociais, o sucesso foi absoluto.
Parte disso foi pelo clima belicoso das torcidas, que viveu em verdadeiro clima de guerra durante toda a temporada - especialmente depois que Gil do Vigor e Juliette Freire se distanciaram no jogo. Essas duas torcidas foram responsáveis por ataques uma à outra e definiram os rumos da reta final do reality.
Só que, mesmo depois do BBB21 acabar, o clima continua. Frases típicas do futebol como "não tem torcida" são jogadas para lá e para cá, acusações aparecem de um lado ou de outro e qualquer vitória na carreira de um brother ou sister parece ser uma derrota para os outros.
Não é preciso ser um gênio para ver que esse clima é péssimo para todos os envolvidos. Vale o exercício de pensamento: será que Juliette, Gil, Camilla ou Fiuk estão felizes vendo fãs na maior treta nas redes sociais? Será que, dois meses depois do fim de uma competição, é saudável continuar colocando essas pessoas umas contra as outras? O jogo acabou. A vida deles continua, assim como a das torcidas.
Para o próprio reality, também é importante que as paixões não sejam tão intensas nas próximas edições. É claro que a reação forte aos "vilões" garante audiência, mas também aliena o público mais casual. O chamado "sofá" não participa de mutirões e nem acompanha o Twitter.
É verdade que o Brasil se encontra em uma pandemia terrível e as pessoas estão privadas de muitos aspectos da "vida real", mas ainda assim é importante lembrar que ela existe e está ali para ser vivida. E, convenhamos, há maneiras melhores de viver do que brigar com estranhos na internet.
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