Alane recebe faixa da primeira conquista dela e se emociona
Criado nos anos 40, o concurso “Rainha das Rainhas” é o maior evento de beleza da Amazônia. Em 2018, a sister venceu a competição e este ano, durante sua passagem no 24, ela se emocionou ao ver a faixa de campeã durante uma ação em que todos os brothers receberam objetos pessoais vindos do lado de fora da casa.
Amor pelo concurso de mãe para filha
Alane é filha da bailarina Aline Dias, que também participou do concurso nos anos 90 e, atualmente, faz as coreografias para as candidatas.
Mas o que é o concurso? Idealizado pelos jornalistas Ossian Brito e João Maranhão, o evento era destinado à alta elite do estado para os convidados se reunirem e formar alianças políticas. Mais tarde, o encontro passou a integrar a cultura local.
Alane desfila no concurso Rainha das Rainhas, em 2018 — Foto: Reprodução
Aline não ganhou ao marcar presença na edição de 1993. No entanto, a bailarina explica que o concurso faz parte da história da família, começando por sua mãe que, em suas palavras, era "apaixonada" pelo Rainha das Rainhas. "O sonho dela era que eu participasse", diz ao gshow.
Dias conta que começou sua trajetória no evento como coreógrafa em 2003. De lá para cá, testemunhou muitas vencedoras, entre elas Kamilla Salgado, do BBB 13, e a própria filha. E, assim como na família da sister, ela ressalta que o concurso é um objeto de desejo das meninas da cidade. "Todo mundo tem vontade de participar aqui em Belém, todas as meninas. E é o sonho da minha filha desde criança, porque vai passando de geração para geração", ressalta.
Passo da Rainha
A história de Alane com o Rainha das Rainhas começou quando ela ainda era criança. Aline relata que a filha a acompanhava nos ensaios desde pequena. "Eu não tinha com quem deixá-la na época, então ela tinha que estar comigo o tempo todo", diz.
Foi então que aos 18 anos, a sister foi convidada pelo mesmo clube da mãe. "Ela teve muitos anos de treinamento, porque acabava aprendendo as coreografias das outras Rainhas ainda criança, me ajudava na hora de montar... Foi vivenciando isso durante muitos anos, até que ela completou a idade que é permitido para participar do evento", comenta.
O momento foi mais do que especial para ela, que cita a mãe ao lembrar da vitória da filha. "Eu digo que foi uma coincidência do destino. Depois de 25 anos, a gente conseguiu esse título para ela. Minha mãe já é falecida e era um grande sonho dela também que Alane participasse", ressalta. "Eu digo que a minha mãe sempre esteve com a gente em todos os momentos. Inclusive, lá no dia, com certeza ela deve ter contribuído muito para tudo dar certo", completa.
Com a participação no concurso, Aline montou uma performance para a filha. "Foi uma emoção muito grande, porque eu fui a coreografa dela, montei uma coreografia exclusiva que hoje é o grande símbolo dela de vitória, que é a perna. Ela fazia uma performance de levantar a perna, algo que a gente já vinha trabalhando na vida dela desde muito criança. Ela faz esse passo desde pequeninha", relembra.
Alane ao vencer o concurso Rainha das Rainhas — Foto: Reprodução/Instagram
"Eu sempre dizia: filha, quando você for Rainha a gente vai levantar essa perna e você vai ganhar. E graças a Deus deu tudo certo".
E não foi apenas levantar a perna. O gesto viralizou na cidade e passou a se chamar "passo da Rainha". "As pessoas começaram a replicar. A gente tem mais de quatro mil vídeos de pessoas fazendo o movimento do passo. Nunca imaginamos que isso ia chegar em rede nacional. Agora está em rede nacional, todo mundo fazendo. Aqui em Belém viralizou de novo, todo mundo mandando vídeo para mim", comenta.
Por essas e outras, a mãe da sister não pensou duas vezes ao enviar a faixa de campeã para o confinamento.
Ela não tem um valor financeiro muito alto, mas um valor afetivo grande
A primeira coroada da competição, em 1947, foi Odete Chaves Braga, do Clube dos Aliados. Entre aquele ano até 1985, as candidatas desfilavam pelas ruas para o público ver as fantasias. Como em toda competição de beleza, as roupas são assunto sério e o estilista com mais premiações do concurso é Karlos Amilcar, que está confeccionando duas fantasias este ano. No total, serão 76. Dessas, 38 ganharam como princesas e 7 como rainhas.
Durante os anos 70, o desfile acontecia em carro aberto do Jóquei Clube do Pará até a sede da Assembleia Paraense. A torcida aguardava na porta da Assembleia enquanto as candidatas subiam para o salão nobre. As jovens desfilavam para o público e depois entravam para a boate, onde acontecia o concurso.
Alane ao vencer o Rainha das Rainhas — Foto: Reprodução/Instagram
Mudanças na competição
A partir dos anos 80, foram implementadas mudanças na caracterização das candidatas e o concurso passou a adotar conceito. As concorrentes também tiveram de apresentar coreografias integradas aos temas idealizados pela organização.
Um dos elementos mais icônicos do Rainha das Rainhas é a música tema: “Papaya”, do tecladista Lafayette Coelho com a cantora Paola Orlandi, do álbum de 1976.
Este ano o concurso chega à 76ª edição, em Belém e, treze candidatas vão disputar o título. O concurso será no dia 23 de fevereiro, a partir das 20h, na sede campestre da Assembleia Paraense, na avenida Almirante Barroso.
Aline estará de volta ao evento coreografando para um clube tradicional depois de um período afastada. "Hoje estou participando como coreógrafa e mãe de uma BBB que está divulgando o concurso todos os dias", finaliza.
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