CONFIRA CURIOSIDADES SOBRE GLEICI
E será esta força que ela vai levar para o BBB18, garante:
“Vou lutar com todas as minhas forças para ganhar o prêmio. Eu vou para ganhar”. O ar delicado pode até lhe garantir um status de mocinha da casa, mas, se for necessário, ela abre mão do título: “Eu sempre defendo a minha opinião e isso acaba, às vezes, criando conflito”.
Gleici teve sempre muita perseverança e foi com isso que conseguiu escapar dos determinismos que poderiam limitar a sua vida: a pobreza, o preconceito e a violência. Ao entrar na casa dela, a gente percebe de cara a grande diferença entre sua realidade e os seus desejos. Morando em um bairro da periferia de Rio Branco, no Acre, divide com a mãe e o irmão mais velho uma pequena moradia. A falta de um quarto – ela dorme na sala – e de um espaço para guardar os livros que tanto ama não diminuíram seus sonhos: “Estudar psicologia era algo que sonhava desde criança. Eu sempre quis e sou apaixonada por esta profissão”.
Filha do meio, coube a ela a responsabilidade de cuidar dos irmãos: Agleuson, o mais velho, e Gleiciely, a mais nova. E dificuldades não faltaram neste longo caminho: “Tive muitos momentos difíceis na minha vida. Acho que a fase em que estava entrando na adolescência foi a mais traumática. Foi quando eu queria ter muito as coisas, mas não conseguia comprar. Foi também uma época em que vi meus irmãos irem por um caminho que não era legal. E eu que cuidava deles, então foi muito difícil”, relembra. Hoje, ela é exemplo para a pequena sobrinha, Maria Valentina, e para todos os primos. E é motivo de orgulho para a mãe, Vanuzia: “Minha filha é uma menina especial. Independente de tudo o que vivemos, batalhou muito pelos sonhos dela e é espelho para todo mundo. Por isso entrou no BBB”.
Gleici tem voz de comando na família: ajuda a todos e dá muitos conselhos. O temperamento explosivo já rendeu discussões: “Às vezes a gente bate boca mesmo”, revela a mãe. A sister assume: “É verdade, mas agora já estou mais controlada”. Se tem uma coisa que a tira do sério é injustiça – e ela é capaz de comprar briga na rua por isso. “Fico furiosa quando vejo pessoas tirando vantagens de outras”, diz. Preconceito é outra coisa que ela não tolera: “Não suporto gente que sempre tenta fazer brincadeiras homofóbicas e racistas. Pessoas assim eu quero distância na minha vida, abomino. E brigo mesmo, se for necessário”.
A partir do dia 22, Gleici começa uma nova batalha em sua vida. Ela sabe que a luta será difícil, mas isso não é novidade. Com o prêmio, espera garantir uma condição melhor para a família: “O que eu mais quero é dar conforto e estabilidade para eles”. Se faturar os R$ 1,5 milhão, já sabe qual será a primeira coisa que vai fazer: “Viajar com a minha família para a praia. Quero que a minha sobrinha, minha mãe e os meus irmãos conheçam o mar.”
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