Foram duas votações distintas. Na primeira, favorito: disputando a preferência do público na casa de vidro, Daniel garantiu sua vaga na casa mais vigiada do Brasil. Na segunda, preterido: em um paredão contra Flayslane e Ivy, deixou o reality com 80,82% dos votos.
“Acabei vivendo a bolha de informações da casa de vidro dentro do confinamento. Acho que isso pesou muito porque, ao longo do jogo, as coisas passam, mudam”, avalia o gaúcho de sotaque carregado – “xentê!” –, que arrancou risadas, namorou, teve duas quase lideranças e muitas estalecas perdidas em sua passagem pelo programa.
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Mantendo o jeito despreocupado de levar e ver a vida, nesta entrevista ele revela mais detalhes sobre sua passagem pelo BBB.
Como foi para você a experiência de participar do BBB 20?
Foi muito boa, tanto na casa de vidro quanto no confinamento com todos os participantes. O negócio é que lá não cai a ficha de que você está dentro do ‘Big Brother Brasil’, sendo assistido. Talvez, nesses últimos dias, eu tenha sentido o que estava acontecendo aqui fora, porque eu não estava muito bem. Eu quis muito participar do BBB.
E a convivência com os outros participantes?
Foi linda! Principalmente com a Marcela. Eu não posso nem assistir imagens dela que me emociono. Também gosto demais da Ivy, do Pyong, da Manu… Foi muito divertido.
Foi difícil enfrentar a Ivy no paredão?
Foi, muito. Nós entramos juntos, criamos uma amizade desde a casa de vidro. Temos bastante coisa em comum, falamos muita besteira… Talvez, no ‘Big Brother Brasil’, pessoas que expõem tudo de si, não escondem nada, sejam mal interpretadas. Mas nós fomos nós mesmos lá dentro.
O que você acredita que te prejudicou perante o público?
Me falaram que foi a perda de estalecas, uma falta de comprometimento. Acharam que foi por maldade, mas claro que não foi. Sempre foi difícil para mim me concentrar 100% nas coisas e viram isso como algo errado, e eu entendo.
Você e a Ivy chegaram no jogo duas semanas após o início da temporada. Acha que isso favoreceu ou prejudicou vocês dois?
Vendo agora, prejudicou. A gente estava na casa de vidro recebendo uma bomba de notícias e pedidos de avisos. Isso ficou na nossa cabeça e nós prometemos falar dentro do BBB. Não tinha como não falar, senão a gente ia decepcionar muito as pessoas que estavam torcendo por nós na casa de vidro. Talvez a gente tenha chegado na casa e falado de forma errada. Acabamos vivendo a bolha de informações da casa de vidro dentro do confinamento e, talvez, julgando sem conhecer as pessoas que o público falava que queria tirar. Ficamos muito no pé do Prior por isso, por tudo que ficou na nossa cabeça. Acho que isso pesou muito porque, ao longo do jogo, as coisas passam, mudam.
Logo que entraram na casa, vocês dois foram vistos por parte do público como os “salvadores da pátria” ao contar para as meninas sobre o que se passava. Em que momento do jogo você acha que isso mudou?
Talvez quando eu fiquei com a Marcela, e as pessoas interpretaram mal. Só que não tinha como não se aproximar dela e das meninas. A gente ia ter essa amizade de qualquer forma, a energia bate. E eu vou dizer para sempre isso: seriam as mesmas amizades ainda que eu tivesse entrado na casa no primeiro dia do reality. Tenho certeza disso.
Você teve a chance de assistir ao BBB um pouco antes de entrar na casa. Tinha uma estratégia para ganhar o programa?
Eu não tinha estratégia. Eu só queria ser eu mesmo porque sei que quando não somos tudo dá errado. Mas não vou mentir: eu achava que poderia chegar à final.
Você teve boas performances nas provas de agilidade e, por duas vezes, teve a chance de ser líder, mas cedeu o privilégio aos amigos (Ivy e Pyong). Por que optou por isso?
Porque não tinha como não fazer isso! No primeiro líder que eu tive a chance de pegar, pensei: “Eu vou ter milhares de outras chances de ganhar, mas vou dar para a Ivy porque ela quer muito ver o filho”. Eu nunca vou deixar uma mãe sem poder ver o filho. No segundo eu já pensei um pouco mais. Só que o Pyong estava muito ameaçado no jogo. Ele tinha acabado de voltar de um paredão e iria para outro. Eu queria protegê-lo, queria que ele ficasse imune e que fosse líder. Ele queria muito mexer no jogo, era um jogador assumido. Não tinha como não dar a liderança para ele. Mas, se tivesse uma terceira vez, eu ficaria com o líder.
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Em momentos de discussão com alguns participantes, você preferiu se calar. Teve medo do julgamento do público?
Na verdade acho que era porque a minha cabeça não funcionava bem (risos). Eu às vezes queria falar as coisas e as palavras não vinham. Eu errei, falei muita besteira, e peço desculpas. Mas eu não tinha medo do julgamento do público, senão não teria feito quase nada do que eu fiz.
No jogo da discórdia sobre influenciadores e influenciáveis, você afirmou ser “um gado feliz”. O que quis dizer com isso?
Foi uma brincadeira (risos)! Todo mundo estava me chamando de influenciável e eu falei que pelo menos era um influenciável feliz. O Tiago Leifert uma vez falou alguma coisa de gado, e eu falei isso: um gado feliz, então. O Prior levou a sério, mas foi uma brincadeira. Eu acho até que em alguns momentos fui influenciador, como em conversas com o Pyong sobre o jogo.
Como você avalia sua aproximação e seu relacionamento com a Marcela?
A coisa de que eu mais estou sentindo falta é dessa mulher. Eu me arrependo de algumas coisas que eu disse, de não ter fechado a boca às vezes. Mas uma coisa de que eu não me arrependo é de ter conhecido ela. De tudo que vivi, pelo menos ela é uma pessoa que eu sei que vou levar para o resto da minha vida. A gente vai ver o que vai ser aqui fora, mas eu quero muito ter uma vida com ela. A nossa energia bate muito e eu gosto muito dela.
Acha que a Gizelly sentiu ciúmes do namoro de vocês dois?
Com certeza! Escutei até uma história de que ela e a Gizelly iam ficar… Mas eu tentava ao máximo não ficar o tempo todo grudado com a Marcela, falava para ela dormir com as amigas, porque eu não queria que ela perdesse os amigos por causa de um relacionamento.
Seu jeito de falar virou mania entre os brothers na casa e também aqui fora e gerou diversos memes na internet. Você imaginava essa repercussão?
Sim! Aqui fora, nos hostels que eu trabalhava, todo mundo achava até que eu era de fora do Brasil por causa do meu sotaque, meus amigos achavam engraçado também. Na minha cidade (Selbach) todo mundo fala assim, até pior do que eu (risos). Eu tinha essa ideia de que o pessoal iria achar engraçado porque é um sotaque muito forte mesmo.
Agora que está novamente fora da casa, consegue avaliar se a percepção do público sobre os participantes mudou muito da época da casa de vidro para cá?
Mudou muito! Prior e Babu agora estão sendo queridíssimos. A Thelma também é muito querida. E eu fiquei muito triste em ver que algumas pessoas talvez tenham deixado de gostar da Marcela por ela estar comigo. Eu nunca quis isso.
Quais são os seus planos daqui para frente?
Eu quero trabalhar com a Arte, viver dela que é a minha grande paixão. Também quero ajudar muitas causas sociais e viajar. Só que para isso tem que ter dinheiro e eu quero ver como vai ser essa parte (risos).
Quem está forte no jogo?
A Thelma, a Rafa, o Babu e a Manu.
Para quem fica sua torcida?
Para a Marcela e para a Ivy.
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