Ela topou o desafio. Expandiu a audiência de oito milhões de seguidores para o “mundo louco” da casa mais vigiada do Brasil e suas centenas de milhões de olhos atentos a todos os detalhes.
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Contrariando seu plano inicial, deixou a empresária Boca Rosa dar lugar à Bianca Andrade, humana, com erros e acertos. E não abriu mão da empatia nem sob o risco de reprovação. “Eu não teria como ter feito diferente. O que eu tenho que fazer a partir de agora é parar, analisar e evoluir. O ‘Big Brother Brasil’ foi um grande espelho”, pondera, depois de ter deixado o confinamento com 53,09% dos votos do paredão contra Felipe e Flayslane. “O mais surpreendente é que a visão de lá de dentro é muito diferente da que as pessoas têm aqui fora”, diz.
A seguir, ela fala um pouco mais sobre a sua perspectiva do jogo.
Como foi sua passagem pelo ‘Big Brother Brasil’?
Foi extremamente louca e completamente diferente do que eu imaginava antes de entrar no programa. Mas, ao mesmo tempo, também me revelou muita coisa. Vivendo os dias na casa fui percebendo comportamentos meus que eu não percebia antes. Achei que eu fosse ser mais prática, assim como eu sou no meu trabalho. Entrei com o objetivo de que as pessoas me conhecessem e, em seguida, conhecessem a minha marca. Mas cheguei lá e vi que é completamente diferente. É um jogo muito emocional. A gente se sente sozinho, se sente perdido, não entende nada, quer largar tudo. É muito doido
E o que foi mais surpreendente nisso tudo?
O mais surpreendente é que a visão de lá de dentro é muito diferente da que as pessoas têm aqui fora. Uma situação que para a gente é chocante, para o público pode ser engraçada, divertida, um entretenimento.
Qual foram os melhores momentos dessa experiência?
Com certeza os meus momentos com a Flay. Ela é uma amiga que eu quero levar para a minha vida. A gente gargalhava muito juntas. Ela é sem frescuras, assim como eu. A gente tinha brincadeiras bestas de rolar no chão, se divertia passando “perrengue chique” na xepa… Vou levar tudo isso no meu coração
E o pior?
O pior foi a briga do feijão, na xepa. Foi muito louco. Eu gritei muito! Quando fiz isso, pensei: “O que está acontecendo comigo?” Foi o meu estopim. Ali eu vi que precisava sair. Se não tivesse saído essa semana, não iria aguentar mais
Ainda no começo do jogo, na primeira festa, você também teve uma briga com a Rafa. Depois se reconciliaram, mas se mantiveram afastadas, e, essa semana, com a formação do paredão, voltaram a ter um embate. Você esperava receber o voto dela?
Sim, esperava. Eu só não tinha certeza porque ainda estava lá dentro o Prior, que foi uma pessoa que ela questionou muito. Mas a gente não tinha mais contato e eu não fiquei surpresa. Não tenho nada contra ela. E não teve estratégia nenhuma da minha parte, até porque, se tivesse, eu não teria cometido os erros que cometi. Eu realmente me joguei e fui humana como sou aqui fora.
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Como foi enfrentar o paredão com a Flayslane e o Felipe?
A gente queria muito ficar até o final gargalhando juntos, os três. A convivência era muito boa com ela e com o Prior também, principalmente nas festas. Mas o BBB não se resume em festa. Então, quando eu fui para o paredão com os dois, eu apoiei a minha amiga e quis uma torcida minha e dela, desejando que ele saísse, obviamente. E aqui fora a gente seguiria com a nossa amizade. Estava torcendo muito por mim e pela Flay, mas realmente era a minha hora de sair.
Você e o Guilherme ficaram próximos logo na primeira semana. Depois ele começou a ficar com a Gabi que, em alguns momentos, se mostrou incomodada com a sua proximidade com ele. Como você observa essa situação?
O Guilherme é meu amigo, sempre foi um braço direito meu. Mas nada além disso. Depois da situação da festa eu pedi desculpas para a Gabi e resolvi me afastar um pouco dele porque vi que a nossa proximidade não estava fazendo bem para ela. Ele segue sendo meu amigo.
Durante o confinamento você falou muito sobre estar aberta a ouvir a todos na casa, inclusive na discussão em que as meninas questionaram o plano de alguns participantes. Não teve medo de manter essa mesma postura nessa situação?
Na verdade, eu sou assim na minha vida. Eu já fui muito julgada por algo que eu não tinha feito e isso me doeu muito. Então, mesmo tendo a minha opinião, eu sempre escuto todos os lados. Na casa eu já conversava muito com os meninos e eu queria ouvir o lado deles. Simplesmente isso. Mas, depois, eu tomei uma surra de aprendizado sobre feminismo porque, até então, eu não conseguia enxergar bem essa questão. Tem muitas coisas sobre as quais eu estou desinformada e essa situação me deu um clique sobre isso. As meninas vinham me falar coisas que eu não enxergava. Realmente preciso aprender mais sobre o assunto. Se eu tivesse estudado mais a respeito aqui fora, talvez eu tivesse tido outra postura.
Acha que essa postura te ajudou ou te prejudicou no jogo?
Me prejudicou. Eu até imaginava que poderia me prejudicar, mas essa sou eu.
Quando a Ivy entrou na casa, ela te falou sobre seus seguidores e sobre como eles estavam vendo o jogo. Como influenciadora digital, você teve essa preocupação em algum momento?
Com certeza. Não sobre perder ou ganhar seguidores, mas porque as pessoas que me acompanham são muito importantes para mim. Tudo que eu faço e acontece na minha vida é porque tenho eles, então a opinião deles é essencial para mim. Sempre foi. Minha relação com meus seguidores sempre foi muito estreita. Quando essa situação dos meninos aconteceu eu fiquei muito perdida porque eu não sei não falar, não olhar nos olhos. Eu sou muito tolerante. Acho que se a situação fosse comigo, diretamente, eu teria agido da mesma forma. Algumas pessoas esperavam uma atitude mais firme da minha parte. Eu entendo e também preciso aprender com isso.
Na última semana, com a formação do paredão, vocês começaram a perceber uma divisão mais evidente dos grupos e a pensar em possíveis estratégias para se defenderem. Acha foi tarde demais?
Esse jogo é muito doido. Tinham coisas que eu não entendi ainda. Eu já estava percebendo a movimentação do Pyong, só que eu não queria julgar errado. Eu tenho que parar com isso e abrir mais os meus olhos (risos)! Acho que eu vi tarde, sim. Ele está jogando muito.
Você se arrepende de algo que fez no confinamento?
Me arrependo, claro, mas eu não teria como ter feito diferente. Então o que eu tenho que fazer a partir de agora é parar, analisar e evoluir. Não queria ter discutido, não vou mentir. E na situação em que as meninas me contaram sobre o plano de sedução eu deveria tê-las escutado mais, e não me posicionado daquela maneira com relação a um movimento que é tão importante. Eu tive vários defeitos, mas não tive máscara, não manipulei nada em relação ao meu comportamento, só me joguei.
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Que aprendizado você tira dessa experiência?
O de que a Jennifer tem que entrar de castigo (risos)! Todos os maiores problemas que eu tive na casa foram depois que eu bebi e isso não fala sobre mim. Quando magoa outras pessoas, para mim, é o pior. Preciso realmente aprender a lidar com isso.
Depois de ter passado pelo BBB 20, o que muda no seu lado Bianca empresária?
Agora o Brasil inteiro me conhece, então tenho que trabalhar como uma louca! Nisso, sim, eu sou boa. Na minha vida pessoal eu tenho que aprender muito ainda, mas no trabalho eu sou muito focada.
Você já tem planos?
Sim. Eu tenho alguns lançamentos de produtos vindo por aí. Vou trabalhar nisso agora.
Quem você acha que está forte no jogo?
Eu acho que a Marcela está forte. E gostaria muito que a Flay se tornasse forte também porque aquela mulher é minha amiga mesmo e a minha torcida é por ela
Se você pudesse resumir em uma palavra a experiência do ‘Big Brother Brasil 20’, qual seria?
Reflexão. Vou parar e prestar atenção em várias coisas da minha vida pessoal que o meu trabalho afogava e eu não enxergava. O ‘Big Brother Brasil’ foi um grande espelho.
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